Segundo o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED), no acumulado ano novembro de 2020, primeiro ano da pandemia, houve um saldo negativo de 35.094 celetistas (diferença entre admissões e demissões de trabalhadores em regime CLT), para um fechamento ano de -192.553 celetistas.
Já, no acumulado ano novembro de 2021, houve um saldo positivo de 3.070.285 celetistas, para um fechamento ano de +2.776.988 celetistas.
Por fim, no acumulado ano novembro de 2022, há um saldo positivo de 2.466.377 celetistas.
Somente nos últimos doze meses, o saldo está positivo em 2.173.080 celetistas.
Assim, comparando o contingente total de trabalhadores celetistas, houve um aumento de 5,3%, passando de 40.971.652, em novembro de 2021, para 43.144.732, em novembro de 2022.
Essa significativa melhora no mercado de trabalho formal é decorrência, principalmente, da recuperação econômica pós-pandemia e reforma trabalhista de 2017, que modernizou, flexibilizou relações e reduziu os processos judiciais, proporcionando mais segurança às empresas contratantes.
Esse é um perfil de trabalhador com mais benefícios e garantias, logo, mais confiante para compra de bens duráveis mediante contratação de crédito, como materiais de construção no varejo.
Ainda segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, somente na atividade Construção (predominantemente, trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente em edificações diversas e obras de infraestrutura), no acumulado ano novembro de 2020, houve um saldo positivo de 150.090 celetistas, para um fechamento ano de +97.316 celetistas.
Já, no acumulado ano novembro de 2021, houve um saldo positivo de 300.406 celetistas, para um fechamento ano de +244.987 celetistas.
Por fim, no acumulado ano novembro de 2022, há um saldo positivo de 269.735 celetistas. Porém, após dez meses consecutivos positivos, em novembro o saldo foi de -18.769 celetistas. Ainda assim, somente nos últimos doze meses, o saldo está positivo em 214.316 celetistas.
Assim, comparando o contingente total de trabalhadores celetistas na Construção, houve um aumento de 9,1%, passando de 2.363.607, em novembro de 2021, para 2.577.923, em novembro de 2022.
Essa significativa melhora no mercado de trabalho formal na atividade, ocorre pelas mesmas razões mencionadas, relativamente ao contingente total, adicionadas pelo boom de lançamentos de imóveis residenciais novos, principalmente em 2021, e suas consequentes execuções. Também decorre da agenda de concessões, privatizações e novos marcos regulatórios governamentais, estimulando os investimentos da iniciativa privada.
Revisar esse círculo virtuoso, sem profundos estudos, pode transformá-lo em círculo vicioso, com consequências negativas para o emprego e segmento de materiais de construção.