No artigo da semana passada, 61,2% dos consumidores que reformaram, não fizeram tudo o que queriam, abordamos o desejo dos consumidores fazerem mais melhorias em seus lares, mesmo recém-terminada uma reforma.
Embora não tenhamos investigado as razões para essa interrupção ou insatisfação (o faremos nas próximas pesquisas), investigamos o que esses entrevistados fariam, se pudessem.
Apenas recapitulando, na Pesquisa 2 | 2021 da Fundação de Dados, que entrevistou 1.022 consumidores que realizaram obras/reformas residenciais, entre novembro de 2020 e outubro de 2021, 61,4% responderam que “não fiz tudo o queria fazer e ainda farei mais coisas quando possível.”
Desses insatisfeitos, entre os tipos de obras estimuladas no questionário, 36% gostariam de ter trocado pisos e revestimentos para parede; seguido por 33,9%, que gostariam de ter pintado, e, apenas para mencionarmos os três principais tipos de intervenções, 27,7% gostariam de ter feito obras básicas/estruturais (levantar parede, expandir ambientes, construir cômodos, entre outros).
Nos recortes por classes sociais, na classe A houve equilíbrio na distribuição dos principais tipos de intervenções desejadas, com discreto destaque para troca de pisos e revestimentos para parede; já, na classe B, destaque para pintura, e, na classe C, troca de pisos e revestimentos para parede.
No entanto, há muito mais a ser descoberto, uma vez que, “outros tipos de obras e acabamentos”, ou seja, intervenções não especificadas no questionário, foi o item de maior destaque, tanto no geral, como nos recortes por classes sociais (vide gráfico).
E, talvez, seja esse um dos desafios para os varejistas que atendem os consumidores durante as reformas residenciais: estimulá-los a continuarem suas obras até não restar mais nada a ser feito, inclusive aquilo que eles nem mesmo conseguem definir.