Importante refletir pragmaticamente, relativizando os ruídos e vieses da mídia em geral.
Segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), no comparativo trimestre móvel março/abril/maio de 2022 com o mesmo trimestre móvel de 2021, houve crescimento de 9.365 milhões de pessoas ocupadas (trabalhando formal e informalmente).
Já, no comparativo com o trimestre móvel anterior, dezembro/janeiro/fevereiro de 2022, houve crescimento de 2.282 milhões de pessoas ocupadas.
Relativamente à Taxa de pessoas desocupadas (desempregadas), no comparativo trimestre móvel março/abril/maio de 2022 com o mesmo trimestre móvel de 2021, houve redução de 4,9%.
Já, no comparativo com o trimestre móvel anterior, dezembro/janeiro/fevereiro de 2022, houve redução de 1,4%.
Ainda, segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no comparativo trimestre móvel março/abril/maio de 2022 com o mesmo trimestre móvel de 2021, houve decréscimo de 7,2%, no rendimento médio real das pessoas ocupadas (deflacionado).
Já, no comparativo com o trimestre móvel anterior, dezembro/janeiro/fevereiro de 2022, houve crescimento de 0,7%, no rendimento médio real das pessoas ocupadas, demonstrando, a exemplo da PNADC anterior, perspectivas positivas relativas à recuperação da renda média dos trabalhadores, mesmo diante da inflação alta.
Por fim, no comparativo trimestre móvel março/abril/maio de 2022 com o mesmo trimestre móvel de 2021, houve crescimento de R$7,2 bilhões, na massa de rendimento real das pessoas ocupadas (deflacionada).
Já, no comparativo com o trimestre móvel anterior, dezembro/janeiro/fevereiro de 2022, houve crescimento de R$7,8 bilhões, na massa de rendimento real das pessoas ocupadas, demonstrando, também, que mesmo diante da inflação, devido ao expressivo aumento do contingente de pessoas trabalhando e início da recuperação da renda média, houve significativo aumento de recursos financeiros oriundos do trabalho no mercado de consumo.
O mercado de trabalho emerge como a mais consistente alavanca econômica para impulsionamento das vendas no comércio, fazendo frente à corrosão inflacionária e encarecimento do crédito ao consumo.
As oscilações e desacelerações das vendas nos comércios de materiais de construção, móveis e demais produtos para o lar, devem-se muito mais à base comparativa extremamente elevada – após o boom de consumo dos anos anteriores –, e expansão concorrente da oferta de serviços fora do lar, do que à alardeada crise econômica, que não se concretiza na realidade dos dados de emprego do IBGE.