INFLAÇÃO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DESACELERA PELO TERCEIRO MÊS CONSECUTIVO

Como previsto pelo mercado, devido, principalmente, à conjuntura redução de impostos pelos Governos Estaduais e Federal, desaceleração do consumo de bens e reorganização do fluxo comercial internacional, a inflação apresentou sinais inequívocos de desaceleração.

No mês de julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou deflação de 0,68%, após inflação de 0,67%, no mês anterior.

Já, ainda segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no item Reparos (nomenclatura IBGE para Material de Construção, agregando 12 subitens/categorias de produtos + serviço de mão de obra), no mês de julho houve inflação de 0,48%, após 0,53%, no mês anterior.

O subitem pesquisado que mais contribuiu para a inflação do mês no segmento foi Pedras, com alta de 2,31%.

Assim, a curva de tendência da inflação mensal de Material de Construção apresentou desaceleração, pelo terceiro mês consecutivo.

Por fim, no acumulado ano julho de 2022, a inflação geral está em 4,77%, ante 4,76%, no mesmo período de 2021. Já, a inflação Material de Construção está em 5,31%, ante 5,28%, no mesmo período de 2021.

O subitem pesquisado que mais contribui para a inflação anual no segmento é Tinta, com alta de 13,07%.

Considerando a já certa desaceleração dos preços para os próximos meses, as inflações geral e de Material de Construção fecharão o ano de 2022 abaixo de 2021, quando foram de 10,06% e 9,4%, respectivamente.

Dessa maneira, retoma-se a perspectiva de maior previsibilidade nas negociações com fornecedores, precificação de produtos e planejamento comercial, e, tão importante quanto, redução das distorções nos resultados das vendas reais do comércio de materiais de construção.

Newton Guimarães - Pesquisador

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