POR QUE OS CONSUMIDORES REFORMAM IMÓVEIS NOVOS, ANTES DE OCUPÁ-LOS?

Este artigo complementa o anterior, Mercado imobiliário surpreenderá mais um ano, no qual apresentamos os dados mais recentes sobre as vendas e lançamentos de unidades residenciais novas no Brasil.

Assim, considerando que as vendas seguem positivas no primeiro semestre de 2022, mesmo sobre a base elevada de 2021, é relevante para o comércio de materiais de construção identificar as motivações dos consumidores que reformam seus imóveis novos, antes de ocupá-los.

Segundo a Pesquisa 1 | 2022 da Fundação de Dados, realizada em maio, e que entrevistou 1.022 consumidores que fizeram reformas residenciais entre maio de 2021 e abril de 2022 (não pesquisamos o público dos pequenos reparos/melhorias e manutenção doméstica), 8,9% dessas obras foram realizadas, antes das mudanças, em imóveis comprados de construtoras/construtores.

Logo, o aumento do contingente de imóveis novos vendidos impacta positivamente as vendas de materiais de construção para obras/reformas no varejo.

Mas, quais são os motivos para reformar um imóvel novo?

Considerando o total desse recorte da amostra, a principal motivação foi “adequar a divisão e ambientes do imóvel à minha necessidade funcional (otimizar espaço)”. Porém, quando segmentamos por classes sociais, é perceptível que as principais motivações são diferentes.

Na classe A, é “adequar a divisão e ambiente do imóvel à minha necessidade estética (tornar mais bonito)”; na classe B, “substituir o acabamento do imóvel por produto melhores”, e, por fim, na classe C, “adequar a divisão e ambientes do imóvel à minha necessidade funcional (otimizar espaço)”.

Em suma, na classe A, a principal motivação é estética; na classe B, melhorar a qualidade do acabamento, e, na classe C, funcionalidade.

Newton Guimarães - Pesquisador

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