VALORIZAÇÃO DO LAR E VENDAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Diante da preocupante conjuntura política, econômica e social para 2023, é de se esperar que os mesmos lares que acolheram às pessoas durante a pandemia, voltem a acolhê-las, nos próximos meses

Dentro da lógica de painel comportamental, no qual, a cada seis meses, mensuramos o desenvolvimento de tendências para consumo de materiais de construção, um dos aspectos estudados diz respeito aos sentimentos de valorização do lar desde o início da pandemia.

Na Pesquisa 2 | 2021, realizada em novembro de 2021, na qual entrevistamos 1.022 consumidores de materiais de construção que reformaram e/ou ampliaram e/ou construíram, predominantemente, entre novembro de 2020 e outubro de 2021, perguntamos: “Você diria que a pandemia fez com que você valorizasse mais sua residência do que antes?”.

84,1% disseram que sim, com destaque para os consumidores da classe A, com 90,1%; região Nordeste, com 87,6%, e jovens (24 a 30 anos), com 87,4%.

Rigorosamente, um ano depois, Pesquisa 2 | 2022, realizada em novembro de 2022, na qual entrevistamos 1.020 consumidores de materiais de construção que reformaram e/ou ampliaram e/ou construíram, predominantemente, entre novembro de 2021 e outubro de 2022, perguntamos: “Você diria que passada a pandemia, você está valorizando mais sua residência do que antes?”

A distinção entre as duas perguntas é: em 2021, perguntamos sobre valorização do lar “durante” a pandemia; em 2022, sobre valorização do lar “passada” a pandemia.

65,8% disseram que sim, com destaque para os consumidores da classe A, com 77,1%; regiões Nordeste e Centro-Oeste, com 69,3% e 68,3%, respectivamente, e sem diferenças significativas por faixa etária.

No entanto, o que mais chama atenção é o expressivo deslocamento do sentimento “igual”, na passagem de uma pesquisa para a outra: na Pesquisa 1 | 2021, estava em 10,1%; na Pesquisa 2 | 2022, passou para 30,8%, demonstrando, assim, que o sentimento de valorização do lar adquirido durante a pandemia, muito provavelmente, foi incorporado e permaneceu nos consumidores, mesmo após a reabertura econômica.

Esse é o mais valioso capital adquirido pelo segmento de materiais de construção nos últimos anos, e que, devido às perspectivas para 2023, poderá, novamente, contribuir positivamente para as vendas no varejo.

Dando sequência à análise, no próximo artigo apresentaremos a evolução, desde 2020, das palavras que mais expressam os sentimentos dos consumidores por seus lares.

Ao seguir e ativar o sininho da LinkedIn Company Page Fundação de Dados você receberá notificações sobre novos artigos.

Empresas Atendidas

Artigos anteriores

Materiais de construção são comprados no cartão de crédito, em média, em 6,4 parcelas

No artigo anterior, Classe B é a que mais utiliza o cartão de crédito para...

Classe B é a que mais utiliza o cartão de crédito para compras de materiais de construção

No artigo anterior, Pix avança, mas cartão de crédito é ainda a principal forma de...

Pix avança, mas cartão de crédito é ainda a principal forma de pagamento dos materiais de construção

No artigo anterior, Varejistas de materiais de construção faturaram, em média, R$ 159.281,00 por mês,...