Com o fechamento dos dados IBGE de 2022, o comércio de materiais de construção demonstra capacidade de crescer e superar crises econômicas e volatilidades sociais.
Segundo a mais recente Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), em volume de vendas (faturamento real/nominal deflacionado), considerando como base fevereiro de 2020 (último mês antes do isolamento social), o comércio de materiais de construção cresceu, no acumulado comparativos “mês anterior”, entre março de 2020 e dezembro de 2022, 2,2% (em relação ao pré-pandemia).
Porém, considerando como base dezembro de 2020, houve decréscimo, no acumulado entre janeiro e dezembro de 2021, de 7,7%.
Já, considerando como base dezembro de 2021, houve decréscimo, no acumulado entre janeiro e dezembro de 2022, de 6,3%.

Em termos reais (deflacionando) o comércio de materiais de construção permanece desacelerando, porém, positivamente, pousando suavemente após o boom de consumo no auge da pandemia.
Ainda segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nominalmente (faturamento percebido/volume de vendas com inflação), considerando como base fevereiro de 2020 (último mês antes do isolamento social), o comércio de materiais de construção cresceu, no acumulado comparativos “mês anterior”, entre março de 2020 e dezembro de 2022, 49,7% (em relação ao pré-pandemia).
Considerando como base dezembro de 2020, houve crescimento, no acumulado entre janeiro e dezembro de 2021, de 10,1%.
Já, considerando como base dezembro de 2021, houve crescimento, no acumulado entre janeiro e dezembro de 2022, de 1,4%.

Sob qualquer perspectiva, nominalmente (com reajustes dos preços), o comércio de materiais de construção está positivo, demonstrando capacidade de repassar os aumentos de preços para o consumidor. A desaceleração acompanha a do faturamento real, mas, também, da própria inflação.
Na perspectiva histórica, o comércio de materiais de construção se recuperou da pior crise da série (2015/2016), e, no acumulado dos comparativos “ano anterior”, entre 2015 e 2022, cresceu 1,7%, em volume de vendas, e 70,1%, nominalmente, sobre o ano de 2014.
Apenas nos três últimos anos, impactados pela pandemia e invasão da Ucrânia, no acumulado dos comparativos “ano anterior”, entre 2020 e 2022, cresceu 5,6%, em volume de vendas, e 52,7%, nominalmente, sobre o ano de 2019.

Em um momento de questionamentos relativos à viabilidade de formatos comerciais, como magazines, lojas de departamento e livrarias; falências e recuperações judiciais de bandeiras consolidadas, o comércio de materiais de construção demonstra força de recuperação e capacidade de crescer nos piores cenários, apontando para um horizonte promissor, no qual se configura a importância de um varejo predominantemente físico e, cada vez mais, incorporando o papel de oferecer soluções em produtos e serviços para o lar.
No próximo artigo olharemos para frente, baseados em elaborações estatísticas, contextualizando, dentro do atual cenário econômico, as projeções do PIB e das vendas de materiais de construção para 2023 e 2024.
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