Compra on-line de materiais de construção estabiliza no pós-pandemia

O conceito de painel, diferentemente das pesquisas isoladas, incorpora um acompanhamento do comportamento de consumo de materiais de construção ao longo do tempo.

Dessa maneira, monitoram-se padrões e oscilações (tendências) das mesmas variáveis, mediante os mesmos parâmetros, entregando um filme para análises, ao invés da fotografia de um determinado momento.

O filme de hoje chama-se “Compra on-line de materiais de construção estabiliza no pós-pandemia”, com o primeiro de uma série de recortes de dados exclusivos sobre comportamento de consumo, neste caso, desde o pré-pandemia.

Na Pesquisa 1 | 2020, aplicada em maio de 2020, que entrevistou 1.021 consumidores que realizaram obras/reformas residenciais nos últimos 12 meses, ou seja, no pré-pandemia, 18,3% dos entrevistados haviam comprado materiais de construção pela internet.

Sempre frisando que investigamos somente utilização de site/e-commerce para compra de materiais de construção, independentemente do valor gasto, volume e número de itens comprados, seguimos fazendo a mesma pergunta a cada seis meses, com exceção da Pesquisa 2 | 2020, aplicada em novembro de 2020, quando, devido à pandemia, quebramos a série para investigar outros assuntos.

Porém a partir da Pesquisa 1 | 2021, aplicada em maio de 2021, seguimos fazendo essa mesma pergunta para, no mínimo, diferentes 1020 consumidores do mesmo perfil (obra/reforma nos últimos 12 meses), em maio e novembro de cada ano.

Na auge do boom da pandemia, a utilização dos sites/e-commerces atingiu seu pico, chegando a 33,2%, na Pesquisa 2 | 2021, aplicada em novembro de 2021, para declinar na pesquisa seguinte, chegando a 24,2%.

Nessa pesquisa seguinte verificou-se o impacto da reabertura da economia, com declínio de utilização do meio para compras de materiais de construção para obras/reformas residenciais.

Por fim, após essa queda, nas três pesquisas semestrais seguintes, a utilização dos sites/e-commerces estabilizou, com oscilações, na faixa de 30%.

Abaixo o gráfico, que ilustra ludicamente aquilo que tentamos descrever literalmente.

Como já sabemos, a pandemia acelerou a utilização do canal site/e-commerce para compras de materiais de construção, com uma queda pós-reabertura da economia, estabilizando, nas últimas três pesquisas, numa faixa significativamente acima do pré-pandemia, porém abaixo do seu auge.

Essas mesmas últimas três pesquisas indicam muito mais para uma tendência de estabilização no uso, no que concerne ao perfil de consumidores que realizam obras/reformas, do que de crescimento.

Em nossa visão, essa é uma ótima notícia para o varejo de materiais de construção.

No próximo artigo, nessa mesma linha de tempo, analisaremos as tendências de utilização dos sites/e-commerces especializados em materiais de construção, como Leroy Merlin, TelhaNorte, C&C, Quero-Quero, entre outros, versus a dos sites/e-commerces generalistas, como Amazon, Magalu, Mercado Livre, Shopee, entre outros.

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