Assumimos a premissa de que o conhecimento flui progressivamente no tempo e pela experiência. Esse acúmulo de tentativas, acertos, erros e ajustes embasa as investigações do Painel Comportamental de Consumo de Materiais de Construção, em uma série de temas abertos ou fechados para nossos clientes.
Assim, este artigo dá sequência às leituras do Painel e ao artigo anterior, E-commerces de materiais de construção são bem avaliados pelos consumidores.
Aprendemos a partir de 2015, junto com a Eucatex, que há uma relação intrínseca entre as obras/reformas residenciais e as vendas de móveis.
Compreender como funciona essa relação pode trazer ganhos significativos, tanto para o varejo de materiais de construção e móveis, como para as indústrias moveleiras.
A série histórica e aprofundamento dessas investigações por tipos de móveis, ambientes, canais de compra, valores gastos, entre outros entendimentos, pertence à Eucatex.
No entanto, na pesquisa mais recente, abrimos uma pergunta simples, que nos dará a dimensão dessa relação: “Durante ou imediatamente após a obra/reforma você comprou móvel (is) novo (s) em geral para sua residência?”
Considerando a Pesquisa 2 | 2024, que entrevistou 1020 consumidores de materiais de construção que realizaram obras/reformas residenciais, predominantemente, entre novembro de 2023 e outubro de 2024 (detalhes técnicos no rodapé do gráfico), 50,7% disseram que sim.
Considerando os recortes por classes sociais, esse percentual sobe para 64,1% na classe A; também com destaque, nos recortes regionais, no Sul sobe para 58,6%, e, nos recortes por faixas etárias, nos jovens sobe para 55,9%.
Normalmente, no Painel Comportamental, os dados regionais oscilam, sem padrões relevantes de ondas para ondas semestrais ou anuais. Já os dados por faixas etárias, muitas vezes, obedecem padrões, e, os dados por classes sociais, na quase totalidade das vezes, os obedecem, oscilando apenas as dimensões dos resultados percentuais.
Porém, independentemente dos recortes das pesquisas, a proximidade entre os universos das obras/reformas residenciais e dos móveis novos é evidente. Quando bem explorada, essa conexão tem o potencial de aumentar as vendas de móveis para os consumidores que realizam ou realizaram obras/reformas em suas residências.
De uma simples cabeceira para cama a uma cozinha planejada. Ou, ambas em uma só obra.
No próximo artigo, analisaremos as perspectivas 2025 para o comércio de materiais de construção, com base nos novos dados sobre emprego, renda, crédito, confiança, estímulos fiscais e desestímulos monetários.
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A Fundação de Dados realiza pesquisas ad hoc nos segmentos de materiais de construção e móveis, e por meio de painéis semestrais com consumidores de materiais de construção, nos quais as empresas assinantes podem inserir entendimentos exclusivos e sigilosos.
