Atacado de materiais de construção responde pela maior parte do sell-out do segmento

Após concluirmos uma sequência de três análises no artigo anterior Materiais de construção são comprados no cartão de crédito, em média, em 6,4 parcelas, sobre os principais meios de pagamento dos materiais de construção, retomaremos os dados macroeconômicos, com as leituras da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), desta vez sobre o comércio atacadista.

Assim, esta nova trilogia conversa com os artigos anteriores sobre o comércio varejista e, especificamente este, com o artigo Varejo de materiais de construção supera R$ 300 bilhões em vendas anuais.

Vamos progredir com os novos dados e informações, depois regredir aos dados anteriores e comparar os dois tipos de comércios.

Apenas para alinhamento inicial, os resultados são relativos ao ano de 2023, elaborados em 2024 e divulgados em 2025.

Segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, o valor da receita bruta de revenda de mercadorias no comércio atacadista Brasil (vide informações técnicas no rodapé do gráfico) foi de R$ 3,8 trilhões, enquanto o do Atacado de madeira, ferragens, ferramentas, material elétrico e material de construção foi de R$ 129 bilhões (valores correntes).

Baixar gráficos: artigo, receita bruta e emprego no varejo matcons

Portanto, se o comércio varejista de materiais de construção faturou R$ 310,3 bilhões, o comércio por atacado de materiais de construção faturou R$ 129 bilhões.

Vamos avançar em um cálculo simples, apenas para efeito de ordem de grandeza.

Se considerarmos uma margem razoável de 30% sobre as vendas de mercadorias oriundas do atacado no varejo, totalizaríamos, neste último, um faturamento de R$167,7 bilhões.

Fechando o raciocínio, com base nessa premissa, concluiríamos que, dos R$ 310,3 bilhões brutos faturados no varejo de materiais de construção, R$167,7 bilhões teriam origem direta no atacado, ou seja, 54%.

Por outro lado, R$ 142,6 bilhões teriam origem direta nos fabricantes, ou seja, 46%.

Talvez esses números sobre a predominância no sell-out do varejo de materiais de construção, das mercadorias oriundas do atacado façam sentido, principalmente diante das 162.351 empresas comerciais varejistas de materiais de construção distribuídas pelo Brasil.

A partir desse ponto, retomaremos a análise no próximo artigo.

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