Varejo de materiais de construção supera R$ 300 bilhões em vendas anuais

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou os dados da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), investigando empresas comerciais formalmente constituídas, divididas em Comércio de veículos, peças e motocicletas; Comércio por atacado; e Comércio varejista.

Aqui, nos interessa o Comércio varejista e seus 17 agrupamentos comerciais, sendo que, um deles é o de materiais de construção.

Apenas para alinhamento inicial, os resultados são relativos ao ano de 2023, elaborados em 2024 e divulgados em 2025.

Segundo a pesquisa, em 2023, o valor da receita bruta de revenda de mercadorias no comércio varejista Brasil (vide informações técnicas no rodapé do gráfico) foi de R$ 3,2 trilhões, enquanto o do varejo de materiais de construção foi de R$ 310,3 bilhões (valores correntes).

Dessa maneira, o varejo de materiais de construção é o quarto maior do comércio varejista brasileiro, atrás apenas de Hipermercados e supermercados, com R$ 907,2 bilhões; Combustíveis e lubrificantes, com R$ 534,7 bilhões; e Produtos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos, com R$ 333,8 bilhões.

Por fim, após Material de construção, bem distante aparece Artigos do vestuário e complementos, com R$163,2 bilhões.

Vamos percentualizar isso, para em seguida inserir essa participação em uma série histórica.

Em 2023, a participação do varejo de materiais de construção no total do comércio varejista brasileiro alcançou 9,7%, obviamente atrás das mesmas atividades: Hipermercados e supermercados, com 28,4%; Combustíveis e lubrificantes, com 16,7%; e Produtos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos, com 10,4%, e à frente de Artigos do vestuário e complementos, com 5,1%.

Agora, a resposta para uma importante pergunta: a participação do varejo de materiais de construção está crescendo ou diminuindo no varejo brasileiro?

Em 2019, portanto no pré-pandemia, o varejo de materiais de construção representava 8% do varejo brasileiro. No primeiro ano da pandemia avançou para 8,4%; em 2021 avançou ainda mais para 8,9%; em 2022 ficou praticamente estável, em 8,8%, avançando significativamente em 2023 para 9,7%.

Resumindo, o varejo de materiais de construção saiu de 8% no pré-pandemia para 9,7% de participação, quando a economia já estava totalmente reaberta e adentrávamos em um novo mundo pós-pandêmico.

Enfim, apenas dimensionamos o que intuitivamente já sabíamos: o varejo de materiais de construção se fortaleceu durante a pandemia, saindo dela como um formato de canal sólido e diverso, e que já beira 10% do montante total do valor de mercadorias vendidas no varejo brasileiro.

No próximo artigo, desenvolveremos mais esse tema, aprofundando dados da PAC

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