Vamos fechar a série de quatro artigos analíticos, complementando o artigo anterior Torneiras, misturadores, pias, impermeabilizantes e lustres/luminárias: principais canais de compra e ambientes de instalação, dando sequência aos dados inéditos da nova onda do Painel Comportamental de Consumo de Materiais de Construção (Pesquisa 1 | 2025), na qual iniciamos uma série sobre o consumo de 12 categorias de produtos.
E esse é um ponto importante: o entrevistado somente poderia marcar entre essas 12 categorias, o que não significa que ele não tenha comprado outras categorias, como tintas, cimento, argamassa, esquadrias, fios, disjuntores, entre tantas outras.
A escolha das categorias foi arbitrária, no intuito de testar um novo modelo de entendimento e série, incluindo uma matriz de canais de compra e tipos de ambientes onde foram instaladas ou aplicadas.
Portanto, feito esse alinhamento, analisaremos da nona à décima segunda categoria mais adquirida (detalhes técnicos e das amostras no rodapé dos gráficos).
Relativamente à nona categoria, fechaduras para portas, comprada por 35,6% dos consumidores, o principal canal de compra, com destaque, foram as lojas de bairro (próximas da obra, pequenas, médias e multicategorias de produtos) com 52,6%. Em seguida, porém distantes, surgem os sites/e-commerces especializados (tipo Leroy Merlin, Telhanorte, C&C, MadeiraMadeira, Sodimac, Cassol, Ferreira Costa, Balaroti etc.) com 27,5%.
Esses consumidores as instalaram, principalmente nos banheiros/lavabos com 45,4% e quarto do casal com 44,7%.

As lojas de bairro foram inquestionavelmente o principal canal de compra, evidenciando o importante papel desse tipo de canal para ferragens e afins, incluindo as fechaduras para portas. Interessante como os ambientes íntimos também obtiveram destaque na instalação.
Como já frisamos nos artigos anteriores, essa é uma visão geral, com relevantes diferenças quando aprofundados os dados das categorias por classe sociais e regiões.
Seguindo, em pia para cozinha, categoria adquirida por 26,6% dos consumidores, os principais canais de compra, foram: sites/e-commerces especializados com 34,7%, home centers/lojas grandes com 31,2% e lojas de bairro com 29,6%.

Sempre que os respondentes assinalaram sites/e-commerces especializados e home centers/lojas grandes em níveis próximos, desconfiamos que, muitas vezes, ambos atuaram de maneira integrada para uma mesma compra. Nesse caso, o respondente assinalou os dois.
Relativamente às caixas d’água, categoria adquirida por 20% dos consumidores, o principal canal de compra, também com destaque, foram as lojas de bairro com 47,2%.

Assim como já vimos nas fechaduras, as lojas pequenas e médias multicategorias e próximas da obra se destacam nas vendas de caixa d’água. Embora seja um produto que ofereça desafios logísticos e de estocagem, superá-los e pulverizá-lo é fundamental.
Por fim, em fechaduras eletrônicas para portas, categoria adquirida por 13,5% dos consumidores, há forte predominância das vendas pela internet, surgindo os sites/e-commerces especializados e os sites/e-commerces generalistas (tipo Mercado Livre, Shopee, Magalu, Temu, Casas Bahia, Ponto, Amazon etc.) com 49,6% e 48,9%, respectivamente.

Das 12 categorias pesquisadas, essa foi, sem dúvida, aquela com maior participação dos e-commerces, reforçando o predomínio dos meios digitais para vendas de produtos eletrônicos, inclusive associados ao segmento de materiais de construção.
Pela nossa experiência, é possível realizar painéis com categorias e produtos (como já fazemos para algumas empresas de maneira sigilosa), complementando os painéis comportamentais de hábitos e atitudes de consumo, sempre considerando um processo contínuo de ajustes, permitindo correções de erros e aprofundamentos de acertos.
Assim, nos próximos artigos, aprofundaremos os acertos da série comportamental de consumo e apresentaremos novos entendimentos que substituíram erros anteriores.
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A Fundação de Dados realiza pesquisas ad hoc nos segmentos de materiais de construção e móveis, e por meio de painéis semestrais com consumidores de materiais de construção, nos quais as empresas assinantes podem inserir entendimentos exclusivos e sigilosos.