OUTROS INSIGHTS PARA VENDER MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO EM TEMPOS DIFÍCEIS

Este artigo complementa o anterior, Insights para vender materiais de construção em tempos difíceis, no qual apresentamos alguns padrões comportamentais detectados em dez anos de pesquisas com consumidores.

Em suma, ao realizar reformas/obras residenciais, as pessoas priorizam ambientes íntimos, sendo que, aproximadamente metade desse contingente aproveita para decorar o lar. A maior parte dessas obras é feita em locais onde as famílias já moravam, logo, repleto de memórias afetivas, sendo que, entre as principais motivações para a realização das obras, predominam sentimentos positivos, e não negativos, como resolver problemas. Por fim, há complementação, não concorrência, entre os tipos de canais de compras (home-centers, lojas de bairro, tintas, e-commerces etc.), com destaque para o papel das mulheres como decisoras.

Seguindo com o tema, apesar da aceleração digital pela qual passa o mercado, no período pré-obra, ainda são as lojas físicas, disparadamente, o principal meio para pesquisas e comparações dos materiais de construção que serão utilizados. Assim, as políticas de trade marketing para as lojas físicas continuam tão importantes como há trinta anos.

Em outras palavras, o metaverso não é desculpa para não cuidar bem dos balcões e gôndolas. Ou, para usar a tecnologia disruptiva da vez, a inteligência artificial não é desculpa para não tirar poeira dos balcões e gôndolas todas as manhãs.

Porém o desafio não é o mesmo de trinta anos atrás, pois após a predominância das lojas físicas, surgem os onipresentes meios digitais, também utilizados na fase de pesquisas, sendo, em grau de importância: sites/e-commerces, YouTube, sites dos fabricantes, Instagram, aplicativos, Pinterest e Facebook.

Integração, coerência e fluidez são as palavras de ordem, ou seja, o trade marketing se estende para o digital.

Por fim, realizada a obra/reforma, aproximadamente 65% dos consumidores afirmam que não fizeram tudo o que queriam, e farão novas melhorias quando possível. Há, portanto, no pós-obra, um desejo latente de continuar tornando o lar um lugar melhor.

Porém após os desgastes emocionais e gastos financeiros, provavelmente, sem os devidos estímulos dos fabricantes e varejistas de materiais de construção, esse desejo poderá ser redirecionado para o setor automotivo, de eletroeletrônicos, turístico, entre outros, que disputam o bolso desses consumidores.

No entanto, conta a favor, que o maior ganho do segmento, advindo do isolamento social, foi o sentimento de apego ao lar. Aproximadamente 85% dos consumidores alegam que a pandemia os fez valorizar ainda mais suas residências.

Talvez, nunca tenha ocorrido uma janela de oportunidade como essa, para o mercado se apropriar de sentimentos positivos, associando-os ao ato de reformar, ampliar, construir, ou mesmo, simplesmente realizar melhorias de maneira contínua.

Enfim, migrar definitivamente de um segmento que resolve problemas, para um segmento que realiza o sonho de lares melhores.

Ao seguir e ativar o sininho da LinkedIn Company Page Fundação de Dados você receberá notificações sobre novos artigos.

Empresas Atendidas

Artigos anteriores

Materiais de construção são comprados no cartão de crédito, em média, em 6,4 parcelas

No artigo anterior, Classe B é a que mais utiliza o cartão de crédito para...

Classe B é a que mais utiliza o cartão de crédito para compras de materiais de construção

No artigo anterior, Pix avança, mas cartão de crédito é ainda a principal forma de...

Pix avança, mas cartão de crédito é ainda a principal forma de pagamento dos materiais de construção

No artigo anterior, Varejistas de materiais de construção faturaram, em média, R$ 159.281,00 por mês,...