Este artigo complementa o anterior, Nas pesquisas dos materiais de construção para as obras, lojas físicas superam internet, no qual analisamos a importância das lojas físicas, na fase de pesquisas e comparações dos materiais de construção para as obras/reformas residenciais, seguidas, em um nível mais baixo, pelos e-commerces, YouTube, sites dos fabricantes e Instagram (nessa ordem).
Segundo a pesquisa, a combinação e integração de investimentos em trade marketing com esses quatro meios digitais, possui elevado potencial de influenciar as compras de materiais de construção para obras/reformas residenciais.
Mas, tratando-se de materiais de construção, genericamente (sem aprofundamento por determinado produto), o que, então, esses consumidores buscaram em cada um desses cinco meios?
A base é a Pesquisa 1 | 2023 (Painel Comportamental de Consumo de Materiais de Construção 2023), na qual entrevistamos 1.021 consumidores de materiais de construção, que reformaram/ampliaram/construíram seus lares, predominantemente, entre maio de 2022 e abril de 2023.
Essencialmente, leremos apenas os itens estimulados mais relevantes, excetuando preço, condições de pagamento e entrega (não havia essas opções de respostas).
Nas lojas físicas de materiais de construção, “ver cores e tons”, com 67,7%, e “verificar medidas e quantidades exatas dos produtos”, com 65,5%, foram os principais itens, inclusive acima de “apoio dos vendedores para tirar dúvidas”, com 52%.
No entanto, na maior parte das vezes, para os consumidores verem cores, tons, verificarem medidas e quantidades de produtos, precisarão, em algum grau, do apoio dos vendedores na loja, o que os colocaria em uma posição de mais destaque ainda.
Nos e-commerces de materiais de construção, destaque para “comentários sobre as marcas de produtos”, com 51,7%; “fotos detalhadas de produtos”, com 51,5%, e “opiniões e comentários de outros consumidores”, com 47,4%.
As fotos detalhadas dos produtos já estão sendo bem equacionadas pelos principais players, no entanto, normalmente, testemunhais de outros consumidores aparecem com menos destaque do que o “aprofundamento das informações técnicas e descrições dos produtos”. Em tempo, como é possível ver acima, esse é apenas o nono item mais buscado, com 33,3%.
Já nos sites dos fabricantes, destaque para “fotos detalhadas dos produtos”, com 52,7%, e “opiniões e comentários de outros consumidores”, com 51,1%.
Assim como nos e-commerces, fotos detalhadas dos produtos é importante. Por outro lado, era de esperar aqui, uma maior preocupação com o aprofundamento das informações técnicas e descrições dos produtos, mas esse item surgiu apenas em sétimo lugar, com 37,1%. E, de novo, destaque para os testemunhais de outros consumidores, questão essa mais difícil de equacionar nos sites dos fabricantes, sem levantar suspeitas dos consumidores.
Mas, talvez (alerta de brainstorm), celebridades e afins – muitas vezes até mesmo utilizadas em campanhas nas outras mídias pelos fabricantes –, dando testemunhais dos produtos possa tornar esses sites menos sisudos.
Já no YouTube, destaque para “vídeos e fotos de ambientes decorados”, com 48,5%, e “vídeos detalhados dos produtos”, com 45%, inclusive acima de “dicas, vídeos e fotos de como utilizar produtos”, tanto para Faça você mesmo, como apenas para se informar, sugeridos aqui separadamente, com 39,7% e 34,6%, respectivamente. Porém, quando juntamos e eliminamos sobreposições dos dois itens, atinge 59,5%.
Independentemente das técnicas serem apresentadas para os adeptos do Faça você mesmo ou apenas para quem quer se informar, por exemplo, para não ser enrolado pelos executores da obra, o meio é sim, bastante adequado para o assunto.
Por fim, no Instagram, destaque para “vídeos e fotos de ambientes decorados”, com 41,9%, seguido de perto por uma infinidade de itens, que vão desde “comentários sobre as marcas dos produtos” até “dicas, vídeos e fotos de como utilizar produtos (sem intuito de Faça você mesmo)”.
Talvez por ser uma mídia mais jovem (são os jovens que significativamente mais o consultam), vale a regra de “tudo ao mesmo tempo agora”. Também pode ser que essa mídia social ainda esteja formando sua vocação para o segmento, o que significaria um campo aberto para experimentações.
No entanto, em comum, tanto no YouTube, como no Instagram, há destaque para os vídeos e fotos de ambientes decorados, demonstrando que a velha e boa ambientação na loja física, vale também para as mídias sociais.
Bem, os dados estão expostos acima para interpretações próprias, sempre lembrando que essa é apenas uma leitura, entre tantas possíveis.
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