Este artigo complementa o anterior Verticalização imobiliária e a indústria das reformas residenciais, no qual constatamos a tendência de crescimento no número de obras/reformas em apartamentos, embora o mercado ainda seja – e por muito tempo será, principalmente em regiões interioranas –, dominado pelas obras/reformas em casas.
E, assim como as casas se sobressaem aos apartamentos, os banheiros e quartos se sobressaem aos outros ambientes residenciais.
Sempre lembrando que os dados e informações compartilhados nas análises, buscam trazer leituras inseridas na nova série histórica do Painel Comportamental de Consumo de Materiais de Construção, iniciada em 2020.
Considerando os últimos quatro anos, com pesquisas realizadas sempre nos meses de maio, com consumidores que haviam realizado obras/reformas no último ano (detalhes da amostra no rodapé do gráfico), na média de 2021 a 2024, 61,9% dos ambientes nos quais foram realizadas obras/reformas foram quartos; empatados com banheiros/lavabos, com 61,1%.
Em outro pelotão, intermediário, surgem salas (de jantar, estar, TV, outras) com média de 52,8%, e copa/cozinha, com média de 50,7%.
Considerando a série histórica, não é perceptível alguma oscilação relevante de um ano para o outro, sendo possível afirmar que não há tendência de alteração nesse comportamento, logo, padrão ou cultural.
Retomando os ambientes nos quais mais foram realizadas obras/reformas, como se já não bastasse a preferência nacional por quartos e banheiros, ambos possuem forte componente multiplicador.
Apenas considerando quem realizou obras/reformas nos banheiros/lavabos, na média de 2022 a 2024, essas obras/reformas foram realizadas em 1,5 banheiro/lavabo.
Apenas considerando quem realizou obras/reformas nos quartos, na média de 2022 a 2024, essas obras/reformas foram realizadas em 1,9 quarto.
Sempre nos chama a atenção o fato de que, os brasileiros, ditos tão sociáveis, quando se propõem a melhorarem seus lares priorizam os ambientes íntimos.
Comportamento é mercado, e entender as nuances comportamentais desses consumidores pode fazer a diferença, principalmente diante das perspectivas de crescimentos modestos nas vendas de materiais de construção, neste e no próximo ano.
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