Nas obras residenciais, classes A/B/C gastam, em média, R$18.964,83

Em termos de pesquisas, há dois princípios básicos que melhor qualificam as informações: recorrência e especialização.

A recorrência permite ajustar parâmetros e manter as investigações coerentes, ou seja, método. A especialização diz respeito à capacidade de interpretar os resultados além da opinião, ou seja, conhecimento das causas.

Assim, este artigo é uma sequência do artigo Classe A gasta, em média, R$70.867,15 nas obras/reformas residenciais, enquanto classe C, R$14.275,45, publicado em 26 de junho de 2024, mas, também, complementa Móveis também são materiais de acabamento para obras residenciais, publicado na semana passada e tendo como base o Painel Comportamental de Consumo de Materiais de Construção.

E, aqui, seguimos com os Painéis 2022, 2023 e 2024.

Sempre considerando campos de pesquisas em novembro do respectivo ano, com 1.020 consumidores que haviam realizado obras/reformas residenciais no último ano (detalhes técnicos no rodapé do gráfico), todos os anos preguntamos: “Sabemos que controlar os gastos numa obra/reforma é bastante complicado. Mas, mesmo que aproximadamente, por favor, quanto você estima ter gastado no total, incluindo os materiais de construção (desconsidere móveis e itens decorativos), mão de obra e outros serviços? 

Considerando a média de três anos do Painel, o gasto total foi de R$18.964,83 (nominalmente). No entanto, ao segmentarmos os gastos médios por classes sociais há diferenças significativas.

Na classe A, essa média sobe para R$72.094,93, ou 280,2% acima da média total. Na classe B sobe menos, para R$23.777,61, ou 25,4% acima, e, por fim, na classe C cai para R$12.974,00, ou 31,6% abaixo da média total.

Um olhar mais atento no quadro acima, permitirá notar que na Pesquisa 2 | 2023 os gastos da classe A subiram vertiginosamente para R$108.694,30, e, na Pesquisa 2 | 2024, para R$74.550,20, sendo que, na primeira onda, na Pesquisa 2 | 2022, embora também fossem os mais altos, estavam em R$33.040,00.

O conceito de painel permite, no decorrer do tempo, corrigir vieses e distorções de determinada pesquisa, aproximando-se, a cada onda, da informação correta.

Ainda mantendo o olhar atento, será possível ver nos três gráficos em cima da tabela o método adotado para estimativa de gastos por faixas, posteriormente tratados estatisticamente. Para quem se interessar, a história desse método consta no artigo de 2024.

Obviamente essa é uma informação relativa à classe social, sendo que, em termos absolutos, o resultado é totalmente diferente, pois o contingente de consumidores da classe C é significativamente mais elevado do que o contingente das classes A e B juntas.

Mas esse é um outro cálculo.

No próximo artigo, apresentaremos a série histórica da proporção de gastos com produtos e serviços.

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