MERCADO IMOBILIÁRIO SURPREENDERÁ MAIS UM ANO

Quando aquecidas, essencialmente, as vendas de imóveis novos beneficiam diretamente o comércio de materiais de construção, uma vez que, esses imóveis serão reformados ou melhorados antes de suas ocupações, mas, também, estimulam novos lançamentos, beneficiando, nessa situação, às indústrias de materiais de construção.

Recentemente, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apresentou a revisão do Indicadores Imobiliários Nacionais de 2021, com os resultados de 197 cidades, entre capitais, regiões metropolitanas e outras grandes cidades, e ainda, os novos dados relativos ao primeiro semestre de 2022.

Aqui, apresentaremos um recorte, no entanto, recomendamos a live de apresentação na íntegra do Indicadores, disponível neste link.

Relativamente às vendas, no comparativo ano de 2021 com ano de 2020, houve crescimento de 16,6%, passando de 253.604 unidades, em 2020, para 295.724 unidades, em 2021. Do total de unidades vendidas em 2021, 48% se enquadravam na categoria econômica, ante 54%, no ano anterior (média trimestral ano).

Agora, no comparativo primeiro semestre de 2022 com primeiro semestre de 2021, houve crescimento de 1,4%, passando de 149.639 unidades, em 2021, para 151.670 unidades, em 2022. Do total de unidades vendidas em 2022, 47% se enquadravam na categoria econômica, ante 51%, no mesmo período do ano anterior (média trimestral semestre).

Relativamente aos lançamentos, no comparativo ano de 2021 com ano de 2020, houve crescimento de 32,7%, passando de 232.959 unidades, em 2020, para 309.022 unidades, em 2021. Do total de unidades lançadas em 2021, 46% se enquadravam na categoria econômica, ante 54%, no ano anterior (média trimestral ano).

Agora, no comparativo primeiro semestre de 2022 com primeiro semestre de 2021, houve decréscimo de 6%, passando de 132.995 unidades, em 2021, para 125.081 unidades, em 2022. Do total de unidades lançadas em 2022, 39% se enquadravam na categoria econômica, ante 52%, no mesmo período do ano anterior (média trimestral semestre).

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Assim, as vendas positivas do ano anterior, em 16,6%, estimularam o expressivo crescimento dos lançamentos, em 32,7%, com aumento de participação nos totais dos imóveis de médio e alto padrão.

No ano vigente, mesmo sobre uma base já alta do ano anterior, ainda assim, as vendas no primeiro semestre permanecem positivas, em 1,4%. Porém, os lançamentos retraíram, em 6%. Em ambas as situações, permaneceu a tendência de aumento de participação de imóveis não econômicos, com ênfase nos lançamentos.

No entanto, com as recentes mudanças no Programa Casa Verde e Amarela, principalmente, provendo mais subsídios e prazo para financiamento aos beneficiários, o Programa está reagindo, liberando vendas e lançamentos represados, o que acarretará num aumento de participação, compensando, assim, as acomodações nos níveis de vendas e lançamentos dos imóveis de maior valor.

E, considerando que as vendas de imóveis novos impactam positivamente o comércio de materiais de construção, no próximo artigo apresentaremos dados inéditos de uma pesquisa Fundação: quais as principais razões, por classes sociais, que fazem os consumidores os reformarem, antes de se mudarem?

Newton Guimarães - Pesquisador

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