AS INTENÇÕES DE CONSUMO DE QUEM JÁ REFORMOU O LAR

No último artigo, Targets além dos reparos, reformas e construções residenciais, fechamos um ciclo de três análises que avançam nos entendimentos sobre uma importante mudança comportamental dos consumidores: a valorização do lar no pós-pandemia.

Porém, considerando ainda uma amostra de consumidores que reformaram o lar, será que essa valorização impactará o consumo futuro?

Ainda segundo a Pesquisa 2 | 2022, realizada em novembro de 2022, na qual entrevistamos 1.020 consumidores de materiais de construção que reformaram e/ou ampliaram e/ou construíram, predominantemente, entre novembro de 2021 e outubro de 2022, 42,9% priorizarão economizar e guardar dinheiro.

Dessa maneira, provavelmente, as incertezas relativas à economia tornaram os consumidores menos confiantes, excetuando se for para viajar. Dentro do conceito de gastos de vingança “pós-fique em casa”, em seguida, com 38%, surge nas intenções “vou viajar mais com a família”.

E, entre os principais itens estimulados na pesquisa, surge, em terceiro lugar na priorização dos gastos nos próximos doze meses, “vou investir em novas ampliações, reformas ou melhorias na minha residência”, com 32,5%.

Por fim, ainda nos mesmos níveis surgem “vou pagar dívidas e/ou contas em atraso, com 31,5%; vou comprar móveis novos para minha residência, com 29,5%, e, apenas para ficarmos nos seis mais citados, “vou comprar novos eletrodomésticos”, com 29,1%.

Em suma, embora as intenções de guardar dinheiro e pagar dívidas e/ou contas em atraso sejam prioritárias nas perspectivas desses consumidores, após se vingarem do “fique em casa” e viajarem com a família, a preocupação com o lar seguirá ocupando um espaço importante, nas formas de melhorá-lo, reformá-lo e comprar móveis e eletrodomésticos.

Pode-se considerar que essa é uma amostra enviesada (consumidores que haviam recém-reformado os lares, ainda estão envolvidos nesse propósito). Também, que intenções revelam muito mais aspectos subjetivos do que fornecem dados para modelos preditivos.

Porém é indiscutível que os sentimentos de valorização do lar foram internalizados nos consumidores, com todo o potencial de consumo a ser aproveitado que isso significa.

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Newton Guimarães - Pesquisador

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