Este artigo complementa o anterior, E-commerces generalistas representam 46,6% das vendas de materiais de construção, no qual analisamos a correlação positiva entre a ascendência dos comércios eletrônicos e marketplaces generalistas (não especializados em materiais de construção e produtos correlatos aos lares), e o crescimento de utilização da internet para compras de materiais de construção pela classe C.
Outra expansão notada, na comparação entre as duas ondas anuais do Painel Comportamental de Consumo de Materiais de Construção 2024 e 2023, é a da intensidade de utilização das lojas físicas para retirada dos produtos comprados on-line.
Considerando apenas e-consumidores que compraram materiais de construção para as obras/reformas residenciais (somente utilização da loja virtual, independentemente do valor gasto, volume e número de itens comprados, podendo ser apenas uma só compra), perguntamos: “Em relação às compras dos materiais de construção pela internet, você diria que…”
Na Pesquisa 1 | 2023, realizada em maio com consumidores que fizeram obras residenciais nos últimos 12 meses, 56,2% responderam que a totalidade das compras foi entregue em casa; 39,8% que uma parte das compras foi entregue em casa e outra parte retirada na loja física (balcão/armário/locker/drive thru), e 4% responderam que a totalidade das compras foi retirada na loja física.
Um ano após, na Pesquisa 1 | 2024, realizada em maio com consumidores que fizerem obras residenciais nos últimos 12 meses, 56,6% responderam que a totalidade das compras foi entregue em casa; 26,3% que uma parte das compras foi entregue em casa e outra parte retirada na loja física, e 17,1% responderam que a totalidade das compras foi retirada na loja física.
O que verificamos na passagem anual, portanto, é uma tendência de estabilização da entrega do total dos materiais de construção nas residências dos e-consumidores, na faixa de 56%, com alteração na intensidade da utilização da retirada nas lojas físicas.
É notório o crescimento dos e-consumidores que retiraram a “totalidade” das compras numa loja física, podendo ser nos balcões, armários, lockers e drive thru, passando de 4%, em 2023, para 17,1%, em 2024.
O fato de na passagem anual ocorrer significativo crescimento na retirada da totalidade das compras nas lojas físicas, com decréscimo do formato híbrido (parte recebida na residência e parte retirada na loja física), pode indicar a valorização ainda maior dessas lojas paralelamente à evolução do aprendizado de compras pela internet.
Porém, o mais importante, pois é um padrão (o dado anterior pode ser mera oscilação, sem indicar tendência, precisando de mais uma onda para uma hipótese mais consistente), em algum grau, em parte ou na totalidade, 43,8% dos e-consumidores na pesquisa de 2023, e 43,4% na pesquisa de 2024, se locomoveram para as respectivas lojas físicas para retirada de produtos comprados on-line, sempre, com isso, gerando novas oportunidades de vendas.
A Fundação de Dados está em fase de comercialização das assinaturas 2025 das pesquisas com consumidores que realizaram obras/reformas, nas quais as empresas assinantes poderão inserir entendimentos exclusivos e sigilosos sobre a jornada de compra de seus produtos e marcas. Empresas interessadas poderão entrar em contato pelo portal ou LinkedIn.