Comércio de materiais de construção reage para o final de ano

Segundo a mais recente Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), as vendas de materiais de construção no segundo semestre timidamente reagem, reforçando as perspectivas positivas para o final do ano vigente.

Em volume de vendas (faturamento real/nominal deflacionado), considerando como base fevereiro de 2020 (último mês antes do isolamento social), houve crescimento, no acumulado comparativos “mês anterior” de março de 2020 a julho de 2023, de 1,9% (desempenho em relação ao pré-pandemia).

Considerando como base dezembro de 2022, houve decréscimo, no acumulado comparativos “mês anterior” de janeiro a julho de 2023, de 1,1% (desempenho parcial ano de 2023).

Assim, o faturamento do comércio de materiais de construção Brasil cresceu acima da inflação, relativamente ao pré-pandemia. No ano vigente encontra-se negativo em 1,1%, porém com dois meses consecutivos de discretos crescimentos: junho e julho, em 0,1% e 0,3%, respectivamente.

Ainda segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nominalmente (faturamento percebido/volume de vendas inflacionado), considerando como base fevereiro de 2020 (último mês antes do isolamento social), houve crescimento, no acumulado comparativos “mês anterior” de março de 2020 a julho de 2023, de 48,4% (desempenho em relação ao pré-pandemia).

Considerando como base dezembro de 2022, houve decréscimo, no acumulado comparativos “mês anterior” de janeiro a julho de 2023, de 1,4% (desempenho parcial ano de 2023).

Com inflação, o crescimento relativo ao pré-pandemia é ainda mais expressivo, demonstrando a capacidade do comércio do segmento de repassar as altas dos preços.

Assim como no faturamento real, no ano vigente, também se encontra negativo, em 1,4%, porém, igualmente, com os dois últimos meses apresentando discretos crescimentos: junho e julho, em 0,1% e 0,4%, respectivamente.

O fato de o desempenho com inflação no ano vigente ser mais negativo do que o sem inflação, evidencia as quedas de preços da cesta de materiais de construção, até mesmo como reação natural à acomodação do consumo, pós-boom dos anos anteriores.

Além da conjuntura macroeconômica positiva, é possível que os gastos de vingança com serviços fora do lar, no pós-fique em casa, arrefeçam, reequilibrando as despesas das famílias e beneficiando o comércio de materiais de construção, em um período sazonalmente positivo, devido às obras, reformas e melhorias residenciais para as festas de final de ano.

No próximo artigo analisaremos as projeções estatísticas para o comércio de materiais de construção 2023 e 2024.

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