Retomamos a jornada de compra do consumidor de materiais de construção, quando reformando, ampliando ou construindo, complementando o artigo “O que influencia as compras de materiais de construção nas lojas, sites e mídias sociais?”, no qual analisamos que tipos de informações esses consumidores buscam nos principais meios consultados, em ordem: lojas físicas de materiais de construção, sites/e-commerces de materiais de construção, YouTube, sites das empresas fabricantes e Instagram.

Então, após a fase de pesquisas e comparações dos materiais de construção, chegamos ao momento das compras, logo, perguntamos: “Agora vamos falar do local de compra dos materiais para sua obra. Quais os tipos de lojas utilizados para comprar os materiais de construção para sua obra/reforma (somente utilização do tipo de loja, pode marcar independentemente do valor gasto, volume e número de itens comprados, podendo ser apenas uma só compra)?”.

Para mensurar o comportamento de compra desses consumidores em relação ao auge da pandemia e pós-pandemia, comparamos duas pesquisas: Pesquisa 1 | 2021, realizada em maio de 2021, com 1.021 consumidores de materiais de construção, que reformaram/ampliaram/construíram seus lares, predominantemente, entre maio de 2020 e abril de 2021, e Pesquisa 1 | 2023, realizada em maio de 2023, com 1.021 consumidores de materiais de construção, que reformaram/ampliaram/construíram seus lares, predominantemente, entre maio de 2022 e abril de 2023.

Ou seja, consumidores que compraram materiais de construção durante o “fique em casa” versus consumidores que compraram materiais de construção durante o “saia de casa”.

As Lojas de bairro/Depósitos de materiais básicos (assumimos a premissa de que ambas são lojas de proximidade) foram utilizadas por 65,7% dos consumidores durante o “fique em casa”, passando a 61,5%, durante o “saia de casa”. Assim, é possível afirmar que houve uma pequena variação para baixo, mesmo com a reabertura irrestrita da economia, demonstrando a importância desse tipo de canal, independentemente do momento social.

Ainda no gráfico acima, Lojas de tintas foram utilizadas por 43,3% dos consumidores durante o “fique em casa”, passando a 39,7%, durante o “saia de casa”. Assim, é possível afirmar que esse tipo de canal, que cresceu significativamente em número de lojas a partir de 2020, embora também tenha retraído durante a passagem do “fique em casa” para o “saia de casa”, manteve participação relevante.

Já Home centers/Lojas grandes foram utilizados por 38,7% dos consumidores durante o “fique em casa”, passando a 41,3%, durante o “saia de casa”. Assim, é possível afirmar que esse tipo de canal recuperou, com a reabertura da economia e livre fluxo de pessoas, o segundo lugar em termos de utilização, ultrapassando as Lojas de tintas.

Por fim, os site/e-commerce (compra pela internet) foram utilizados por 29,5% dos consumidores durante o “fique em casa”, passando a 28,6%, durante o “saia de casa”. Assim, é possível afirmar que esse tipo de canal praticamente manteve, em termos de utilização, o mesmo nível adquirido durante sua aceleração na pandemia.

Também é interessante notar que independentemente do momento, é um hábito dos consumidores a combinação de canais de compra de materiais de construção durante a obra/reforma, em 2,6 tipos de lojas, sendo que na classe A sobe para 3,3 tipos.

Talvez essa seja uma das vantagens do segmento em relação aos outros: combinação de canais durante o mesmo ciclo de compras, de acordo com a necessidade, conveniência e desejo dos consumidores.

Quanto maiores as obras, maiores os ganhos de todos.

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