Recentemente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados relativos ao PIB Brasil, setores e subsetores.
Segundo o relatório Contas Nacionais Trimestrais, sempre deflacionado e no comparativo com o trimestre anterior, no primeiro trimestre de 2023, o PIB Brasil cresceu 1,9%. No acumulado ano de 2022, já havia crescido 2,5% (sobre o quarto trimestre de 2021). No acumulado dos anos 2022/2021/2020, já havia crescido 6,3% (sobre o quarto trimestre de 2019 – pré-pandemia).
Reforça-se o desempenho positivo da economia do País, durante os três anos anteriores, assolados pela pandemia e invasão da Ucrânia. No primeiro trimestre de 2023 mantém-se a perspectiva de crescimento, porém com uma determinante contribuição de um só setor: Agropecuária, com 21,6%.
No subsetor Construção (integrante do setor Indústria), no primeiro trimestre de 2023, o PIB decresceu 0,8%. No acumulado ano de 2022, havia crescido 3,9% (sobre o quarto trimestre de 2021). No acumulado dos anos 2022/2021/2020, já havia crescido 14,8% (sobre o quarto trimestre de 2019 – pré-pandemia).
O PIB do subsetor se ressente da desaceleração do tripé vendas no comércio, lançamentos de imóveis residenciais novos e obras de infraestrutura.
As perspectivas para 2023 incluem o aumento de lançamentos de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida, e da criação do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com realização de obras de infraestrutura em todo o País.
Já, relativamente aos lançamentos de imóveis de médio e alto padrão, e vendas no comércio, projeta-se continuidade das desacelerações, após o boom ocorrido, principalmente, no ano de 2021.
Contribuiria positivamente para reversões de ambas as perspectivas acima, o comprometimento explícito do Governo com o equilíbrio fiscal e controle da inflação, que ao lado da desinflação da economia, colaborariam para o início das reduções da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC), barateando o crédito para produção, comercialização e consumo.
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